O Centro de Pesquisa do Pantanal – CPP, coordenado pelo professor doutor Paulo Teixeira de Sousa Junior, realizou a reunião de avaliação das suas três Redes: Pantaneira de Bioprospecção, Pesca e Sustentabilidade da Pecuária no Pantanal. As reuniões ocorreram de 28 a 30 de novembro, em Chapada dos Guimarães MT, com a participação de pesquisadores, cientistas, representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI e de diversas instituições parceiras do CPP.
“Agregando valor a Biodiversidade de Mato Grosso: Avaliação do potencial químico farmacológico de espécies nativas do pantanal mato-grossense e entorno”, projeto coordenado por Paulo Teixeira, foi apresentado por meio dos módulos de estudos fitoquímico e farmacológico. O subprojeto “Avaliação de plantas medicinais do Pantanal usadas para Antiúlcera e anti-inflamatório”, foi apresentado pelo pesquisador Domingos Tabajara de Oliveira Martins da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT, que dentre os objetivos constam: avaliar a toxicidade in vivo e in vitro de extratos de plantas medicinais usadas como antiiúlceras e antiinflamatórias, das espécies Calophyllum brasiliense (Camb.); Echinodorus macrophyllus (Kunth); eDilodendron bipinnatum Radik, conhecidas popularmente por: Guanandi, Chapéu-de-couro e Mulher Pobre, respectivamente.
Tabajara disse que atualmente estão desenvolvendo estudos farmacológicos pré- clínicos com as três plantas citadas acima com objetivo de produzir fitoterápicos e/ou fitofármicos. “Os estudos químicos e farmacológicos estão avançados e os mecanismos de ação apontam para produtos com potencial inovador para uso como antiinflamatório e no tratamento de úlcera gástrica. Os resultados obtidos até agora são animadores e exigem parcerias publicas e/ou privadas para desenvolvimento de fitoterápicos de baixo custo com menos efeitos colaterais do que os fármacos sintéticos.”, informou o pesquisador.
De acordo com a apresentação de Tabajara o projeto também tem impacto social e visa valorizar a cultura local e o conhecimento popular, a fixação das pessoas no campo, geração de renda e movimentar a cadeia produtiva que vai desde o cultivo até a indústria, envolvendo pessoas em diferentes etapas, a exemplo da comercialização, preparação dos extratos, dentre outros.
Tabajara contou que em Poconé, município pantaneiro mato-grossense, está em implantação uma ‘Farmácia Viva’, que integra o programa Etno-fitos`, no âmbito do Programa da Saúde da Família – PSF. “No distrito de Nossa Senhora do Chumbo fizemos o ‘Horto Medicinal’ e no ‘Sesc Poconé’ o Viveiro Medicinal com produção e distribuição gratuita para a população de mudas